segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NOVA TENDÊNCIA PARA GRANDES NEGÓCIOS*

Atualmente o assunto destaque são as redes sociais e o grande mercado e ofertas de oportunidades que este setor vem proporcionando, com crescimento vertical.

Com a grande deliberação do comercio internacional ocorrido nos últimos tempos, adequando-se ao crescimento do poder de consumo do povo brasileiro, as empresas e clientes podem questionar como conciliar as regras internacionais do comercio eletrônico com as políticas publicas, a promoção do desenvolvimento econômico e a proteção dos direitos.

Os novos ambientes virtuais derrubaram a barreira geográfica entre os consumidores/clientes e as empresas e permitiram que eles se reunissem em um mesmo espaço.

Antes, a única forma de falar bem ou mal de uma marca, empresa era o método tradicional do “boca a boca” e com amigos ou conhecidos próximos. A partir das redes sociais, este cenário mudou e estas abriram a possibilidade de aproximar pessoas estranhas com interesses em comum e gerar lucros bastante rentáveis, cujas partes saem desse negocio satisfeitos.

Empresas inteligentes sempre prestaram atenção no consumidor. A diferença é que agora, com as redes sociais, o cliente pode saber tudo e o que eles falam vale ouro. As mídias foram capazes de gerar escalas de comportamentos que o consumidor já tinha (questionar, reclamar, criticar), mas agora eles podem também elogiar, sugerir, inovar e principalmente participar, exercendo grande poder de influencia sobre a reputação de uma determinada empresa, marca ou produto.

Uma das primeiras dicas para aquele que pretende manter sua empresa e/ou fechar negócios bem rentáveis e lucrativos utilizando as redes sociais, é preciso cultivar sua presença permanentemente. Para isso, uma pessoa ou uma equipe competente devem estar dedicadas a supervisionar todas as informações. É preciso também escutar o cliente/consumidor e tentar resolver a situação e quando estiver errado, saber reconhecer seu erro; afinal, todos podem errar, mas quando se reconhece um erro o repara esta conduta é perdoável pelo seu cliente.


Este mercado eletrônico ou para alguns e-commerce é um novo ramo que vem crescendo verticalmente e com ajuda das redes sociais. Hoje aquela empresa que não faz parte dessas redes sociais, além de deixar de conhecer seu consumidor/cliente ou futuro parceiro que possa vir a fechar negócios, perde grandes oportunidades bem lucrativas.

Citamos como exemplo a marca Dell que, em 2010, criou um centro de monitoramento das redes sociais e lá, cerca de 48 funcionários, leem mais de 20 mil citações diárias em 11 diferentes idiomas e separam as boas das ruins, para garantir respostas rápida em caso de crise. Já a atenção da Microsoft a twitteiros com dúvidas ou queixas sobre o videogame Xbox é recorde; em 2010, foi citado pelo Guines por ter respondido a cinco mil questões em menos de três minutos. Dez profissionais passam o dia em contato com mais de 268 mil seguidores. Em abril/2011 a companhia aérea Azul comemorou no Facebook a marca de 8 milhões de clientes.

Daí, um usuário seguidor sugeriu à companhia que oferecesse passagens por R$ 8 e prontamente a empresa acatou a sugestão e começou uma mobilização que reuniu 6.800 pessoas na pagina da Azul nessa rede social, comprovando assim que, nos tempos atuais, as redes sociais mudam as condutas das empresas e podem oferecer negócios significativamente lucrativos. A Folha de São Paulo publicou na data 24/10/2011 que a empresa americana de correios FedEx anunciou nesta data que pretende contratar temporariamente 20 mil pessoas no período de festas de fim de ano para fazer frente a um forte aumento de 12% de suas atividades devido ao grande número de pedidos on line, fruto do e-commerce.

Vender socialmente é o sonho de consumo de qualquer empresa. O chamado social commerce é a nova versão virtual do velho e tradicional boca a boca.

As empresas tem que estar atentas a este mercado lucrativo e rentável, que ainda não há legislação definida, mas onde se preza e muito a satisfação do cliente/consumidor, que, se não for bem atendido e a empresa não corresponder às expectativas daquele produto e serviço ofertado, sua imagem poderá ser afetada de forma global pela internet.

Já existem sites voltados para esse próprio tipo de comércio virtual, em que sua origem foi, inicialmente, uma espécie de blog de reclamação ou o famoso “colocar a boca no trombone”. Tais sites conseguem resolver de forma mais rápidas situações que se fossem levadas aos órgãos jurídicos, a exemplo dos Procons, seriam mais demorados, burocráticos e desgastantes.

Entretanto, é imperioso destacar que tem que ter o maior cuidado com o que se escreve, publica e/ou oferta nessas redes sociais. O poder das redes sociais ultrapassa fronteiras e pessoas de qualquer lugar podem ter acesso a produtos e serviços do mundo todo. Assim, se não pensar no que escreve, publica e/ou vende, bem como não honrar com os compromissos e expectativas, tais ferramentas podem destruir a imagem de uma empresa, negócios, caindo tais fatos no velho e tradicional boca a boca, só que dessa vez para o lado pejorativo da coisa.

Em um mundo onde cada vez mais as relações interpessoais e entre empresas são mediadas pela tecnologia, aqueles conectados com esse mundo, seja advogado especialista em direito eletrônico, seja macro ou micro empresário, seja um simples cliente/consumidor, formam um setor aquecido da economia e bastante rentável, cujos resultados tem chamado muita atenção.


* Carla Simas Lima Peixoto é advogada. Membro do Grupo de Negócios Internacionais do MBAF Consultores e Advogados, escritório membro da Rede LEXNET. Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL – 2009). Pós-graduanda em Direito pelo CEJUS – Centro de Estudos Jurídicos de Salvador. internacional@mbaf.com.br gninternacionais.blogspot.com


Este texto foi publicado em Sinapro Bahia.

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